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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

A crise dos 26 – Parte 2





Tudo começou numa aula de formação e desenvolvimento de coleções, numa quarta feira qualquer. Era a primeira aula dessa disciplina e uma professora já conhecida falava sem parar, contando as suas histórias e ministrando a sua aula como de costume. Não, não é a minha professora favorita, mas tenho que dizer que ela sabe dar aula, a gente aprende muito ali, e provavelmente vamos repetir suas histórias por aí. Então, estava eu lá prestando atenção em tudo que era dito e simplesmente me caiu uma ficha, assim do nada, e eu me perguntei que que eu to fazendo aqui? Repito a aula não estava ruim, era só eu que não me encaixava mesmo. 
Não quero começar na minha vida uma fase de coisas não terminadas. Eu vou sim me formar em biblioteconomia, mas é certo que não será em quatro anos. Já ouvi historias de pessoas que desistiram do seu curso na sétima fase, e eu sempre pensei “nossa que idiota, desistir faltando tão pouco pra se formar”, hoje a idiota sou eu. A vontade de desistir de tudo, arrumar qualquer emprego que de pra sobreviver e seguir a vida é muito grande. Talvez eu esteja vivendo uma adolescência tardia, já que quando eu tinha 16,17, 18 anos e podia pensar assim eu tinha responsabilidade demais pra ser adolescente. Eu não saia de casa, estudava, trabalhava e só. As poucas saídas se resumiam a filmes na casa de amigos ou passeios pelo bairro pra comer cachorro quente. Bons amigos, aliás, que carrego comigo até hoje. Muitas vezes em algumas conversas com uma amiga em especial a gente comenta “nossa como a gente era idiota, como éramos bobinhas, a gente não aprontava nada!” e o mais engraçado era que nossas mães pegavam muito no nosso pé. Já escuto minha mãe falando: “depois de velha tu vai me incomodar? Tu nunca foi disso.” Na verdade eu não quero incomodar ninguém, só quero viver coisas que eu nunca vivi, sem ter que me preocupar tanto com o futuro e com tantas responsabilidades. “Mas você pode equilibrar as duas coisas” aham, me ensina? 

Se realmente existe essa tal de reencarnação, na próxima eu quero ser cachorro.


Ou um pardal.


Ser panda ta muito difícil. 



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