Um dia alguém me perguntou por que eu gosto
tanto do Calvin e Haroldo, e eu não soube responder. Ahhh talvez porque ele fala
muita coisa sem a menor cerimônia, ou porque o traço é muito fofo, ou porque
ele tem um tigre de pelúcia que interage com ele e só com ele, porque ele vive
num mundinho particular, como qualquer criança de seis anos... A verdade é que
eu realmente não sei. Um dia li uma tirinha num livro didático de português,
acho que da quinta série, e me apaixonei. Com objetos, músicas, bichos, etc.
costuma ser assim também, eu não sei por que, eu simplesmente gosto. Com as
pessoas não seria diferente, posso citar várias características legais em
alguém, mas o motivo real de amar, eu não sei, e acho que isso é o barato da
coisa.
Pessoas não podem ser definidas por uma única
característica ou mesmo por várias, seres humanos são muito complexos para
qualquer definição. Geralmente as pessoas que eu mais gosto são as que mais
ficam em silêncio comigo, sabe quando alguém não precisa falar nada, só estar
ao seu lado? Ou te dando um abraço, ou dizendo com um olhar que “vai ficar tudo
bem”? Porque parece que no silêncio você vê o todo e o nada, talvez seja a
química, física ou algo do tipo? Talvez seja algo além do corpo, algum encontro
em outra dimensão, como nos sonhos, que muitas vezes você não fala e nem escuta
apenas sente as coisas. Enfim, não há nada de errado em dizer um “não sei” ao
responder um porque você gosta disso ou daquilo, ou de alguém, algumas coisas a
gente não precisa entender.
“Quem
um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?”
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?”
Ouvindo:
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